sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Prisão de Xanana Gusmão e suas repercussões

       Passado um pouco mais de um ano do massacre de Santa Cruz, em 19 de novembro de 1992, Xanana Gusmão, durante anos comandante da resistência maubere, foi preso em Díli. No Ocidente, sua prisão teve imensa repercussão na imprensa, o que não ocorreu no Brasil. Aqui, a imprensa ignorou este fato.
      A Indonésia manipulou o fato de ter aprisionado o homem que mais simbolizava a resistência nacional maubere. O próprio Xanana foi exibido na televisão numa série de entrevistas em que teria renunciado à luta pela independência, afirmando que o Timor Leste era parte da Indonésia. Essa aparente mudança de posição foi interpretada como resultado de coerção e tortura o que em nada alterou a disposição dos timorenses em continuar a resistência ao invasor estrangeiro.
       O governo indonésio agregava à declaração de Xanana, oferta de anistia aos guerrilheiros que depusessem as armas. Tendo anunciado a rendição de mil guerrilheiros - número desmentido por diversas fontes - a Indonésia não conseguiu explicar como a resistência armada continuava na ilha e o porque da continuidade da política de terror.
       Veja os documentos abaixo:

fonte: http:www.amrtimor.org/docs
Jornal A Capital 1992


fonte: http://wwww.amrtimor.org/docs
Jornal Pac News, nov/1992



fonte: http://www.amrtimor/docs
Transcrição de entrevista de José Ramos Horta à BBC sobre a prisão de Xanana Gusmão em nov/1992


fonte: http://www.amrtimor/docs
Documento da Anistia Internacional denunciando a prisão de Xanana Gusmão, publicado em nov/1992

fonte: http://amrtimor/docs
Carta do Parlamento da Austrália - senador Gordon D. McIntosh ao Secretário Geral das Nações Unidas - Javier Perez de Cuellar em dezembro de 1993,  sobre as condições no Timor Leste e a prisão de Xanana Gusmão

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